sexta-feira, setembro 9



Quando me vi, estava completamente tomada. Eu sabia o que era aquilo. Já tinha sentido aquilo. Mas agora, vi que o que tinha sentido antes, era apenas uma amostra. Agora deu pra ver, era mais forte, mais intenso, mais arrebatador. Amor. É, o amor. Aquele mesmo, que fica quieto, no seu cantinho. Que no começo são apenas palpitadas no coração. Depois viram borboletas -que borboletas o que! É mais um embrulho no estômago, um revira-volta danado. Pernas trêmulas? Tá mais pra pernas de gelatina. Céus! Como elas ficam inquietas! Os olhos não param um segundo, vão dos teus cabelos bagunçados pelo vento, até o cadarço do teu velho tênis. Mas eles só têm coragem de olhar-te nos olhos quando estás olhando pro outro lado, só consigo os ver de canto, nunca de frente. Tenho medo de olhar-te nos olhos, sabe porque? Porque dizem por aí que eles nos traem. E já pensou se ficas sabendo de todo esse sentimento que guardo dentro de mim?

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